sábado, 30 de agosto de 2008

eu não sei fazer conta

já tentei, mas tabuada, conta de dividir, subtrair, de somar...
é muito complicado pra mim.
só sei de cabeça a tabuada do 5, mas isso, só pq aprendi a contar o tempo no relógio.
e isso, na ordem, pq se você me perguntar do nada quanto é 8x5 eu precisarei pensar antes de te responder.

quer uma prova disso?
hoje conversando com os meus pais, eles me perguntaram quanto era 1,50x100.
a resposta? depois de muito, mas MUITO pensar, percebi que nem sabia como fazer essa conta.
isso não é uma brincadeira, e está muito longe de ser um exagero.
1,50x100???
não sei, não mesmo. eles acharam que eu estivesse brincando, mas não...
essa virgula no meio?! o que eu faço com ela? e esse monte de zero? faço de conta que eles não existem ou coloco tudo pra baixo?
minha primeira resposta foi 1.500, mas pela cara deles logo percebi que estava errada...

fica aqui declarado meu eterno agradecimento ao inventor da calculadora! =)

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

querer não é poder, poder não é querer.

"queria poder dizer um monte de coisas.
mas não posso, nem quero e nem tem mais como.
queria poder olhar e dizer tudo sem qualquer filtro.
só dizer, sem medo, receio.
queria poder ver, te olhar no olho e ver sua alma.
ver você lá dentro.
sem medos, sem receios.
queria conseguir ver.
só queria dizer, poder dizer."

...não é pq se quer que se pode, e muito menos que pq se pode que se quer.
uma coisa é absolutamente diferente da outra.
eu posso poder e não querer, e posso querer e não poder.
as coisas nem sempre estão ao alcance de suas decisões.
você nem sempre é o centro do mundo, em que tudo gira ao seu redor, de sua maneira preferida.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

"palavras são desnecessárias"

eu queria conseguir acreditar nisso.
as palavras são necessárias, muito necessárias.

eu não acredito no silêncio.
tá, acho que estou exagerando...
acredito sim, mas só acredito no silêncio após muitas palavras ditas, ouvidas... MUITAS.
o silêncio só é possível depois de gastas muitas palavras; ele só funciona com quem já as usou muito.
já fez das palavras necessárias, aí sim, a palavra pode ser considerada desnecessária.
e não é qualquer silêncio que é capaz de ser milhões de palavras.
é aquele silêncio de intimidade, muita intimidade, de quem se conhece de verdade.
e essa intimidade só nasce depois de muitas horas de palavras.

as palavras são necessárias, sempre, mesmo que usadas no silêncio, nos olhares.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

nós somos diferentes.

todos.
e nem adianta discordar.

não adianta, somos todos singulares e blábláblá.
mas isso é verdade.
e é muita verdade em uma única frase, a nossa singularidade é legítima.
não adianta, podemos tentar nos igualar aos outros, nos fazer iguais...
podemos ouvir as mesmas músicas, usar as mesmas roupas, falar as mesmas gírias, podemos ter os mesmos cabelos, mas não adianta, seremos sempre diferentes.
podemos ter a mesma cor de passaporte, a mesma criação, a mesma cor de olhos, mas não adianta, seremos sempre diferentes.
nos juntamos em grupos, nos fantasiamos, nos inventamos, mas por mais que tentemos, e como tentamos, não conseguimos ficar iguais.
e isso é um saco.
dá um trabalho do fim do mundo.
aaah, afinal, a vida seria bem mais fácil se fossemos iguais.
mas não, somos diferentes.
e por mais que fujamos, precisamos conviver com as nossas diferenças o tempo todo.
e isso cansa, isso nos consome.
até porque se não estamos nos irritando com as nossas diferenças estamos tentando nos fazer iguais.
aí tem gente que resolve "assumir as diferenças", fazer de conta que gosta delas e tal, mas aí, aaah, aí essas pessoas sempre acham pessoas "diferentes iguais", mas não é um igual de verdade, nem um diferente de verdade.
somos diferentes lá dentro.
é tipo aquele lance da impressão digital, sabe?